quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Summer Wars: tradição e cibercultura.

Assisti recentemente, após indicação do amigo Caio Túlio Costa, a um filme chamado Summer Wars. E, cara, que filme! Espero não discorrer apenas meus fascínios por esse longa-metragem de animação no decorrer desse texto, mas sim explicar alguns dos pontos que torna o longa metragem algo digno de ser assistido por quem curte animação, tecnologia, cibercultura e, intimamente, boas histórias.



A trama

Lançado em 2009, Summer Wars é dirigido por Mamoru Hosoda e produzido pelo estúdio de animação Madhouse. O filme, indo na contramão do que acontece no mercado japonês, gerou uma adaptação em mangá. Na história, o jovem Kenji Koiso se mete em desventuras e aventuras divididas tanto no plano do real quanto no do digital.

OZ é um mundo virtual. Mundo no sentido mais direto da palavra. Nele, as pessoas se representam através de avatares e interagem diariamente, 24 horas por dia, sete dias por semana. Os usuários de OZ usam o ambiente virtual para conversar e jogar. Além do bem estar e do entretenimento, OZ também funciona como um sistema integrado de comunicação, operando sistemas rodoviários, transações bancárias e, em âmbito militar, controle de satélites e de informações confidenciais.


John e Yoko (sim, a referência é evidente), duas "baleias digitais", são as guardiãs de OZ. Além delas, um grupo de pessoas espalhadas pelo mundo são responsáveis por sempre procurar melhorias no sistema e evitar possíveis problemas. Uma dessas pessoas é o jovem Kenji Koiso, prodígio em matemática e supertímido. Em um momento inconsequente, Kenji aceita acompanhar a jovem Natsuki Shinohara, sua amiga, em uma reunião de família.

Entre a tecnologia e o clã

Chegando em Ueda, região onde o clã de Natsuki mora, Kenji se surpreende com as reais intenções da moça: ela inventa para a sua numerosa (e põe numerosa nisso, parece as famílias do Tarcísio Meira em novelas da Globo) que Kenji é seu namorado! No meio da confusão familiar e do desafio de manter as aparências, o jovem recebe uma mensagem de celular com 2056 números. Kenji leva isso como um jogo e, rapidamente usando seus conhecimentos matemáticos, decifra o código.


No dia seguinte, o jovem descobre que se meteu em uma confusão de proporções mundiais. Online e offline. Um avatar intitulado Love Machine começa a bagunçar todo o sistema, colocando em perigo o mundo real através de suas malignas atitudes no ambiente digital.

A maior dificuldade de Kenji é interagir com um mundo que ele não tinha noção de como era: o mundo familiar. O pacato jovem, conhecedor de computador e matemática, se vê nas tradicionais balbúrdias de famílias grandes. E ver o personagem se metendo em confusões tão humanas é um dos grandes atrativos da história.

No campo digital, OZ é um ambiente incrível, e o trabalho de computação gráfica realizado pelo estúdio é fascinante. Os efeitos especiais e as cenas de ação em ambiente online que são inseridas no meio do pacato conviver interiorano do mundo offline são de encher os olhos. Para quem gosta de comédias românticas, Summer Wars é excelente. Para quem gosta de ação e ficção científica, também.


Cibercultura e product placement

Summer Wars é mais uma animação japonesa que tem a cibercultura como mote. Serial Experiments Lain e, o muitas vezes desprovido injustamente de relevância, Digimon são outros exemplos de histórias que abordam bem o tema. Em Summer Wars, temos uma espécie de Second Life expandido, onde todas as interações, sejam elas pessoais, empresariais ou estruturais, são realizadas em seu interior. Além disso, a alegoria da relação Internet-hackers é muito interessante.

Ultimamente, tenho prestado bastante atenção nos product placement em filmes. Nos filmes live action, sempre aparece uma cena ou outra focando em um produto patrocinador do longa metragem. E sempre acho interessante quando isso acontece em animações, pois demonstra certas visões empresariais interessantes que reiteram a ideia de que animação é, cada vez mais, algo sério. Em Summer Wars, uma quantidade grande de product placement é mostrada para possíveis consumidores. Vale a pena prestar atenção nesses detalhes. É divertido! =D

Dell, Apple, Adidas e Yamaha são algumas das marcas que aparecem em Summer Wars.
Um ótimo filme

No final das contas, Summer Wars é uma animação muito bonita. Dá para sentir o esmero (e o dinheiro) com o qual foi realizada. As dezenas de personagens que constituem o clã tem personalidades próprias, se movimentam com autonomia e ao mesmo tempo em cena, produzindo um resultado muito belo. Vale a pena assistir Summer Wars, para perceber que um colapso na nossa Internet não é algo tão difícil de acontecer, e para se dar conta de que ajudar a quem precisa, tanto no online como no offline, é dever de toda boa pessoa.





Um comentário:

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