domingo, 28 de abril de 2013

147 céus e uns bocados por aí

(Dedico esse texto a todos que são meus amigos, por mais que eu não os cite no decorrer das minhas palavras.)

Blogs foram criados com a intenção de servir como diário, não é mesmo? Então, vou usar esse espaço que criei para discutir cultura pop para fazer um relato de vida que me marcou. E muito. Acordei na manhã desse sábado (27 de abril) meio confuso. Saindo da aula de japonês, acidentalmente aprendi o sentido da frase "nunca desvie de seu foco". Uma jovem que andava à minha frente apontou para um lugar qualquer, e eu, curioso, olhei também. Resultado: minha canela acertou de cheio um ferro (com concreto no seu interior) que impede que carros subam em calçadas.


Não sei se aquilo impede carros de subirem em calçadas efetivamente, mas não evitou a enxurrada de palavrão que saiu da minha boca. Enfim, não é preciso dizer muito mais para se ver que meu dia não estava mais lá essas coisas. Fui à Oficina de Quadrinhos, vi a minha pequena, encontrei meus amigos da Oficina. Depois, como quem não quer nada (é incrível como tudo faz sentido depois que uma surpresa é revelada, parece livro da Agatha Christie), fui levado por ela e por meus amigos (até meu professor orientador!) para a Biblioteca Dollor Barreira.

Quem me conhece sabe que, há alguns meses, uma pessoa arrombou a minha casa e levou meu notebook, fruto do meu trabalho e fonte de minha produção para diversos projetos do qual faço parte. A indignação virou o adjetivo preferido dos meus dias, não havia como me sentir completamente bem sabendo que muita coisa na minha vida estava estagnada por causa do meu computador. E eis que vem a surpresa.


Subo as escadas da Biblioteca Dollor Barreira e encontro vários amigos. Amigos dos mais diversos círculos. Da Oficina de Quadrinhos, da minha turma da faculdade, outros amigos da Universidade, amigos do Sana, amigos, amigos, amigos... Todos guardavam segredo, há mais de um mês! Com o empenho da minha pequena Amanda (depois que eu vi o grupo criado por ela pra juntar esse monte de gente [mais de uma centena de pessoas], eu realmente vi o significado da palavra EMPENHO), e a ideia da minha amiga linda Fá, todos os meus amigos conseguiram, de pouco em pouco, arrecadar um valor que poderia me comprar um notebook novo, mil vezes melhor do que o anterior.


(Imagens do cinegrafista Carlitos Pinheiro [Obrigado, Carlitos!])

(Imagens da cinegrafista Mariana Moreira [Obrigado, Mari!])

Recebo um "cheque" colorido, com o nome de todo mundo que ajudou. Além dos que lá estavam, amigas do meu antigo estágio (Obrigado, Rebeca, Manu, Soraya!), uma amiga minha que está em Portugal e enviou a grana pelo namorado que a havia visitado e que também colaborou (Obrigado, Ágda e JP!), uma amiga em  Brasília que faz uns dois anos que não vejo (Obrigado, Mii, te amo, saudade de ti!). Eu sempre tenho mil palavras na língua pra fazer piada ou coisa do tipo, mas, naquele momento, tudo que eu tive foi alguns "obrigado" e um punhado de "vocês são tudo pra mim". Eu não conseguia (até o momento, não consigo) imaginar a perfeição daquele momento.

Rolou bolo, rolou Coca Cola, rolou piadas sobre a grana, mas, mais do que isso, ver todos aqueles meus amigos, de diferentes círculos, rindo e confraternizando ao meu redor, me deu uma força nova. Minha alegria não veio por causa do dinheiro, mas por causa dessa minha cabeça contadora de histórias. Em muitas narrativas, existe o bem e o mal. Não sou tão adepto do maniqueísmo, acredito que haja um imenso degradê de atitudes entre o bem e o mal. Mas, se tem uma coisa que essa história toda, que começou com o arrombamento da minha casa e teve seu clímax ontem, me fez aprender é que o bem vence o mal. Só se precisa de tempo, amor e empenho. E amigos.


No momento da surpresa, soube que quem fez e imprimiu o cheque foi minha amiga Gabii Santiago (Obrigado, Gabii Xuxu!). No ato da impressão, o responsável da gráfica pelo trabalho perguntou para o quê era aquele cheque. Depois que a Gabii respondeu sobre a ação que meus amigos estavam fazendo pra mim, o homem da gráfica fez todo o trabalho de graça, querendo também contribuir. Ele escreveu até um bilhete para mim.

"Quem tem um amigo, tem um céu. Calcule quantos céus você tem." (GRÁFICA, Tio da. 2013)

Respondo o que o amor da minha vida (Obrigado por tudo, Amanda, eu te amo demais!) respondeu em um comentário do Facebook: eu tenho 147 céus e uns bocados por aí.

E eu amo cada um desses céus, do fundo do meu coração.

4 comentários:

  1. Seu lindo. Tu merece isso tudo e mais alguns outros pouquinhos.

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  2. Seu lindo. [2] Ta aí pra vc ver o tanto de gente que te quer bem! =DDD Merece demais!! =)

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  3. Que foda essa atitude dos amigos de te ajudarem. Muito massa!

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